A oração de intercessão é uma forma de clamor pela vida ou causa de alguém. Funciona como se abraçássemos em oração a causa de nosso próximo como se fosse a nossa causa. Interceder é orar em favor de outros, apresentando diante do Senhor situações e necessidades. Todavia, não são todos os cristãos que estão dispostos a fazer isso. Essa é, a meu ver, uma forma elevada de oração! É colocar-se na brecha pelo outro. Quando intercedemos por alguém, por alguma causa, individualmente, ou reunidos, somos as mãos de Moisés levantadas, conforme relata o texto de Êxodo 17:8-13. Havia uma batalha a ser enfrentada. Os amalequitas vieram e atacaram os israelitas em Refidim a caminho da Terra Prometida. Então, Moisés ordenou a Josué que escolhesse alguns homens e fosse, logo de manhã, lutar contra os amalequitas. Enquanto isso, Moisés, Arão e Hur subiram até o alto do monte. Quando Moisés ficava com os braços levantados, os israelitas venciam. Porém, quando ele abaixava os braços eram os amalequitas que venciam. Quando os braços de Moisés ficaram cansados, Arão e Hur pegaram uma pedra e pam perto dele para que Moisés sentasse. E os dois, um de cada lado, seguraram os braços de Moisés. Desse modo, os braços dele ficaram levantados até o pôr do sol. E assim Josué derrotou completamente os amalequitas. O braço levantado de Moisés representa o poder da oração intercessória. Intercessores seguram as cordas de ministérios, de campos missionários, de nações, de gerações, de vidas. É muito bom saber que alguém ora por nós! É muito bom orarmos uns pelos outros! É importante contarmos com aqueles que seguram os nossos braços nos ajudando a prosseguir na intercessão até que a batalha seja vencida! Muitas vezes os nossos braços cansam; então, precisamos de ajuda. É reconfortante saber que podemos contar com as orações uns dos outros de forma comprometida.
Até mesmo Jesus precisou de intercessão, enquanto viveu nesta terra. Ele pediu aos seus discípulos que orassem por ele, por causa da decisão que teria que tomar (enfrentar a cruz). Mas os seus amigos falharam nisso. Aquele foi um momento de muito sofrimento para Jesus, já que Ele bem sabia o que o aguardava. Em sua humanidade, pediu aos discípulos mais próximos, Pedro, João e Tiago, que “vigiassem”, “intercedessem” por Ele, enquanto Ele mesmo orava ao Pai, experimentando grande tristeza e aflição. Só que os discípulos dormiram. Muitos cristãos deixam a vida de oração de lado, seja a individual, no secreto com Deus, como a coletiva, em grupos de oração ou na igreja. Na época da pandemia, o que mais fazíamos em casa era interceder. Em muitos momentos tivemos mais de 200 nomes pelos quais intercedíamos diariamente. Para mim, a pandemia foi um divisor de águas também nesse sentido.
Todos os grandes avivamentos do mundo começaram com oração. Sem oração não há poder, não há batalha vencida! Enquanto Josué comandava o povo na guerra, sabia que os líderes estavam intercedendo por ele. Jesus intercedeu por nós. Na última noite com os discípulos, Ele intercedeu por todos os que iriam crer, pedindo proteção para eles, unidade entre eles, e santificação. –“Eu peço em favor deles. Não peço em favor do mundo, mas por aqueles que me deste, pois são teus”. (João 17:9) Essa oração mostra o grande amor de Jesus! Na glória, Jesus continua intercedendo por nós junto ao Pai. O apóstolo Paulo, mais tarde, escreveu: “Quero que em todos os lugares os homens orem, homens dedicados a Deus; e que, ao orarem, eles levantem as mãos, sem ódio e sem brigas”. (I Timóteo 2:8) Levantar as mãos significa que estamos intercedendo em favor de outras pessoas. Levantamos as nossas mãos para Deus, que é o único que pode nos abençoar como também abençoar aqueles que estão sob a nossa intercessão. Prossigamos com as nossas mãos levantadas, intercedendo uns pelos outros!