Nossos sentimentos se alteram com facilidade quando amos por momentos alegres, tristes, de vitórias, de derrotas, de felicidade ou não.
Sentimos como dizemos nosso coração vibrar de maneira feliz ou triste.
Quando a felicidade nos atinge tudo ganha um brilho especial, a vida parece ser mais leve e as paisagens, os seres que nela vivem somente emanam boas vibrações, talvez porque em nosso interior sabemos que tudo corre perfeitamente, pelo menos para nós.
Entretanto, não é só de momentos bons que vivemos, as dificuldades se apresentam em maior número no nosso cotidiano, então, se não soubermos elevar nossos pensamentos, manter o equilíbrio tão necessário, vamos nos abater por qualquer problema que surja e que não conseguimos solucionar rapidamente.
Por menor que seja a dificuldade, aos nossos olhos ela se tornará imensa, intransponível e ficaremos à mercê dela. Vamos ficar cabisbaixos, tristes, nos escondendo muitas vezes de nós mesmos, acreditando que somos incapazes, inferiores, que não merecemos o apoio de outros pela nossa insignificância.
É em momentos assim que a depressão toma conta do nosso ser, que pensamentos negativos e tristes tomam conta de nós e que nos deixamos levar por ideias lúgubres, alguns por permanecerem nessa dimensão se deixam levar para vícios que aparentemente irão suprir essa necessidade de aceitação, de busca por acolhimento, de insatisfação com a solidão que buscamos involuntariamente.
Dessa maneira também muitos sentem insatisfação plena com a vida que tem, mostram olhares festivos e grandes sorrisos, contam piadas e parecem viver com uma leveza invejável, entretanto, em seu interior reina a escuridão plena de quem está perdido, que estende as mãos em busca de ajuda, mas não encontra, ao contrário é sempre buscado para auxiliar.
Não se lamentam, não aparentam tristeza, não se orgulham do bem que fazem, sentem-se náufragos solitários e assim ceifam a vida e a oportunidade de serem auxiliados por mãos misericordiosas.
Essa gama de sentimentos que fazem parte do nosso eu, afloram em muitos momentos de nossa existência e, quando perdemos um ente querido parece que perdemos a força para lutar, o vazio que se instala em nossa mente e coração nos exaure, nos remete às lembranças, queremos viver delas e para elas, esquecemos o presente e por vezes até mesmo nossos compromissos.
É nessa hora que temos a consciência de que o tempo parou para alguém que amamos muito, que era parte importante de nossa vida, que era referência para nossa história. A morte atinge todos da mesma forma, mas temos certeza de que o planeta não deixa de girar provocando a noite e o dia, as pessoas continuam seu viver com normalidade, a chuva cai com a intensidade prevista, tudo continua como sempre, só em nosso coração e mente é que assoma um vazio imenso e que nada preenche.
De repente acordamos e sentimos que a vida prossegue, que nosso tempo ainda não se esgotou, então tomamos as rédeas de nossa existência, reassumimos nossos compromissos e prosseguimos cientes de que as lembranças se farão presentes em forma de saudade, esse sentimento que pode ser alegre ou triste, e seguimos adiante, afinal nenhum de nós aqui chegou sem portar a agem de volta, que um dia sem esperar vai fazer uso, deixando também esse vazio nalgum coração...