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Jornal Diário de Suzano - 14/06/2025
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Cidades

Brasil precisa de uma política urgente e robusta para educação profissionalizante, diz pesquisa

Levantamento nacional reforça a necessidade de políticas públicas voltadas à formação técnica; no Alto Tietê a demanda é ainda mais expressiva. Instituições privadas especializadas estão prontas para colaborar com o poder público

13 junho 2025 - 18h35Por de Suzano

Uma pesquisa inédita, encomendada pela BrasilTEC – Associação Fórum Nacional das Mantenedoras de Instituições de Educação Profissional e Tecnológica e realizada pela AtlasIntel, revelou que 83,8% da população brasileira acredita que o governo federal deve oferecer cursos técnicos e profissionalizantes a todos os estudantes da rede pública. O estudo, feito entre os dias 10 e 15 de abril de 2025, com 1.620 entrevistados em todas as regiões do país, confirma uma percepção amplamente compartilhada: a formação técnica é vista como o caminho mais direto para o trabalho, a renda e o empreendedorismo.

No Alto Tietê, os dados do Sudeste revelam uma realidade ainda mais urgente e promissora. 48,1% dos moradores da região já fizeram um curso técnico ou profissionalizante, enquanto 24,6% gostariam de fazer. Entre os que conhecem essa modalidade de ensino, 87,1% afirmam que a indicariam a um amigo ou familiar, o que demonstra forte aprovação.

Os principais objetivos apontados para buscar esse tipo de formação são: atualizar o conhecimento na área em que já atuam (40,5%), conseguir um emprego (33%), empreender ou abrir o próprio negócio (23,2%) e mudar de área de atuação (26,6%).

Carlos Gomes, gestor regional da franquia do Grau Técnico, localizada em Mogi das Cruzes, explica que muitos jovens decidem iniciar a carreira profissional com formação técnica devido a rapidez no ingresso ao mercado de trabalho. “Além de serem cursos mais rápidos, todos formam profissionais com habilidades e qualificações que são muito exigidas nas empresas da região. Por isso, essa discussão em ofertar cursos técnicos gratuitos é sempre muito importante para o desenvolvimento econômico e social do País”, destaca.

Apesar da alta demanda e reconhecimento dos benefícios, a falta de recursos financeiros é a principal razão apontada por quem ainda não fez um curso técnico no Sudeste (51,9%). Aqui na região, o Grau Técnico tem contribuído com jovens de baixa de renda para conquistarem o sonho do curso técnico. Desde que inaugurou na cidade, já ofertou 200 cursos gratuitos.

Principais áreas de interesse

As áreas de maior interesse na região são saúde, estética e bem-estar (40,5%) e tecnologia e computação (38,6%). Além disso, 86,7% dos entrevistados acreditam que o ensino técnico traz grandes benefícios para o desenvolvimento do país, enquanto 66,4% afirmam que o governo não investe o suficiente.

 “A pesquisa reforça o que já percebemos nas salas de aula e nas empresas: o ensino técnico e o livre são importantes, desejados e têm impacto direto na vida das pessoas e na economia. O setor privado pode e deve ser parte da solução. Estamos prontos para contribuir”, afirma Cleonice Rehem, presidente da BrasilTEC.

A percepção popular se soma à preocupação do setor produtivo. Segundo a ManpowerGroup, 81% das empresas no Brasil enfrentam dificuldades para preencher vagas de nível técnico por falta de profissionais qualificados. A formação técnica aparece como resposta direta ao apagão de mão de obra que ameaça a competitividade nacional. 

“Essas modalidades de ensino transformam realidades. São uma via rápida para o mercado de trabalho, com dignidade e perspectiva de crescimento. Como instituição de ensino, temos as ferramentas e a experiência para ampliar o alcance dessa transformação em parceria com o setor público”, destaca Ruy Porto Carreiro, diretor do Grupo Grau Educacional.

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